Já desconfiava disso quando li matéria a respeito do livro dos 45 anos do Legislativo de BC nas páginas do JP3. Mas como ainda não havia lido fiquei na minha. Ontem jogaram na minha mão um exemplar e aí confirmei o desastre. O conteúdo do livro é apressado, confuso, com erros e omissões. Comete injustiças históricas, por isso como documento é pobre. Alguns vereadores são exaltados, enquanto outros tão importante quanto não há sequer um texto. Não se pode alegar dificuldade para situações como a de Aristo Pereira, vice-prefeito e vereador. O cara está vivíssimo. Bastava marcar uma entrevista com ele. Não há qualquer metodologia adotada e tampouco critérios. Assim, Narbal Souza torna-se o mais importante vereador pela quantidade de informações publicada a respeito desse ex-vereador. Os apelidos são um desastre, o que leva a algumas situações limítes. Quem não conhece a história do Legislativo vai ficar sem saber quem vem a ser, por exemplo, Zé Taió (no livro, grafado sem o acento), Zezo, Ito, Macaco... simplesmente porque seus nomes originais não são relacionados com os apelidos. Apresentaram o nome dos vereadores e nas legendas somente os apelidos (my god!). O mais bizarro é o de José Luiz da Silva que não não foi agraciado com nenhuma linha, nem um Zé Taió entre parênteses. Uma folha avulsa com o título Errata do livro demonstra a pressa e o relaxamento do projeto. Não houve revisão. E seria uma coisa simples, afinal os membros da comissão de pesquisa Rui e Jebert são funcionários históricos da Câmara. Com certeza o livro não passou na mãos deles antes de ir para a gráfica. Enfim, o que poderia ser um projeto grandioso acabou nisso.
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O ex-presidente Moacir Schmidt não se preocupou com a qualidade. Seu objetivo, pelo jeito, foi a satisfação de ter sido ele o responsável pela edição do livro. No início do ano passado fui procurado por um dos filhos do Moa para que eu escrevesse o livro. Achei meio apressado fazer um livro em menos de um ano, mas com o suporte da editora onde trabalho entendi que daria. Enviei orçamento envolvendo todo processo (inclusive tratamento de imagens, algo que definitivamente não foi feito), menos gráfica. Mandei o orçamento e nem retorno deram. Depois fiquei sabendo que o Moacir procurou o Marzinho que declinou do convite. Quer dizer, Moa quis fazer média e acabou jogando nas mãos da Karolina, jornalista com quem trabalhei na Câmara, mas, com todo respeito, não tem o conhecimento do Legislativo para assumir uma bucha dessa. Não estou aqui puxando brasa para a minha sardinha. Um nome que poderia ter realizado esse trabalho, e com muito prazer, seria o Isaque Corrêa. Mas não, o negócio era o livro na rua para dizer que foi ele quem fez. O conteúdo? É o de menos. Resultado: um livro de 140 páginas (é o que os 45 anos merecem?). Ainda bem que a tiragem não passou dos 500 exemplares. Menos mal.
4 comentários:
Qual era o Valor mesmo ?
O Edésio, que assumiu em algum momento da hist´ria de BC, parece que por um ano, tbem nao apareceu no livro..esqueceram dele......
Gosto do Isaque, acho que ele como historiador e com a experiência em livros sobre a história de Camboriú seria a escolha certa.
5a Legislatura (Posse 01/02/1983)
Hamilton Silva
João Odilon Rodrigues Machado
José Luiz da Silva
Leonel Arcângelo Pavan
Nelson Edilberto Nitz
Paulo Roberto Caseca dos Santos
Remi da Silva Osório
Rudis Cabral
Santo Gervásio
Sérgio Paulo Girardi
Wilson Pires Achutti
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