Canard era um folhetim que circulava pelas ruas imundas de Paris durante o período dos déspotas esclarecidos. As informações eram repassadas pelos empregados do Palácio de Versalhes e os editores ridicularizavam a realeza nas páginas do folhetim.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Relevar a lei é prevaricar
O promotor Rosan da Rocha reuniu autoridades e moradores do Estaleiro e Estaleiro (esses só como assistentes, não podendo se manifestar) para discutir a baderna institucionalizada promovida pelas casas noturnas naquelas duas praias. Porque institucionalizada? Oras pois. Porque o defensor público apontou os responsáveis por aquilo tudo, ou sejam, justamente as instituições que deveriam garantir o direito dos cidadãos: policias e prefeitura.
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Rosan abriu a palavra para os representantes das policias e prefeitura falarem. O povão ouviu quieto argumentos de burocratas acomodados. Ouviu-se coisas do tipo "bom senso", "discutir o futuro da cidade" e outras abobrinhas típicas de uma situação de acomodação. Depois de todos falarem, Rosan "chamou" um monte de fotos. Ressaltou que ninguém mandou. Ele mesmom imprimiu dos sites dessas casas nortunas e foi logo perguntando para os que compunham a mesa: "Isso aqui tem isolamento acústico?", mostrando o povo na praia ou em locais abertos. E foi logo apontando os órgãos como responsáveis. Disse ele que não existe bom senso sem que se cumpra a lei. Que não existe discussão do que BC quer se não se cumpre a lei. Para o argumento do policial militar que disse como vai acabar uma festa com mil mil pessoas, Rosan respondeu: se está irregular acaba na hora. Não interessa que tenha mil ou duas mil pessoas.
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Outra questão levantada pelo promotor foi porque a PM não faz blitz naquelas localizadas para sentir a quantidade de "gambás" (essa palavra é minha) que circula por lá. Disse que em todas cidades se faz blitz com bafômetros, só em BC que não. Talvez seja o tal do "bom senso". Deixa os caras encher a cara e colocar em risco a vida de outras pessoas. Muito mais situações irregulares o promotor apontou, inclusive tudo que acontece no entorno da festa é de responsabilidade dos promotores das festas. Na gíria: Rosan matou a pau. Fez o seu papel e no final todos saíram com a sensação de que se a legislação fosse mesmo cumprida nenhuma das festas teria sido realizada.
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2 comentários:
Bola vc disse tudo.......
O promotor matou a pau.
A cada dia aprendo que não podemos fazer da vida "um rascunho", pois não sabemos se teremos tempo de corrigi-la.
O supra-sumo da vida é passar por ela sendo autêntico, do contrário não vale a pena ter nascido.
OBS: Parabéns ao promotor Rosan....Fizestes com que as pessoas acreditem que ainda existe Lei e que os interesses financeiros e as influencias, não podem ser superiores aos "direitos de uma vida digna". Que cada um cumpra com sua obrigação.
Moro no Estaleirinho 42 anos,os prefeitos nunca se interessaram pela região antes,agora querem jogar o lixo aqui? O Inferno se instalou e esqueceram de avisar os moradores que morreram!!!!Será que lá tem Balada?????
Aqui virou terra sem Lei?????
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