Canard era um folhetim que circulava pelas ruas imundas de Paris durante o período dos déspotas esclarecidos. As informações eram repassadas pelos empregados do Palácio de Versalhes e os editores ridicularizavam a realeza nas páginas do folhetim.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
O homem da década está acima do bem e do mal
Estamos encerrando a primeira década do século 21 e se fosse escolher o personagem mais emblemático aqui no Brasil - quiça (quiça é boa)do mundo - este seria Luis Inácio Lula da Silva. Numa sociedade maniqueista onde as coisas são analisadas e julgadas entre o bem e o mal, a figura de Lula exarceba está realidade. Ele está acima do bem e do mal. O lulismo está acima do petismo. A prática política do PT de nada alterou o cenário político. No poder, cometeu as mesmas sandices que eram exclusividade das velhas práticas políticas. Era a esperança que acabou desmanchando a cada escândalo anunciado. Um deles quase baqueou Lula: o tal do mensalão, logo no seu primeiro governo. Mas Lula superou e, fortalecido, impôs o lulismo, insuperável a se julgar pela seu percentual de aceitação nunca visto d´antes meste país.
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Lula termina seu ciclo com um sorriso fácil de quem conseguiu eleger um nome que nunca havia passado por uma experência eleitoral e dando risada porque termina o seu governo com um Brasiol estável e o todo poderoso EUA em crise. E o que é mellhor para nós pobres mortais. Sem hegemonia como sonhavam o petistas totalitaristas. Há oposição no país, e isso é muito saudável.
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Acredito que, se Lula custou a dormir nestes dias de avaliação de seus oito anos de governo, é porque não conseguiu democratizar a comnicação no país. Ou seja, por fazer composições que garantiram a governabilidade neste tempo todo, ele não conseguiu acabar com o coronelismo midiático, herança dos tempos da ditadura, onde são os políticos as autoridades midiáticas por todo este país. As concessões de rádio e TV continuam com o mesmo poder de barganha política dos velhos tempos. Vejo que a concessão de uma rádio AM para Leonel Pavan já está com um terceiro "concessionário". Este tipo de coisa virou praxe. Fazem das concessões papel moeda e este tipo de coisa é que Lula não sonhava. Com certeza no seu país ideal, as concessões não seriam eternas, com renovações protocolares somente para constar. E também não seriam para os políticos que utilizam suas rádios e TVs para manipular as informações de acordo com seus interesses políticos e econômicos. O cenário ideal seria com TVs e rádios sendo distribuidas para a sociedade organizada que teriam um instrumento que fortaleceria os interesses da coletividade.
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Enfim, com seus erros, virtudes, frustações e êxitos, Lula é o cara da década(parafraseando o the man, proferido por Obama). Com este post, encerro mais um ano de blog. Agradeço aos quase 100 mil views em 2010 e desejo a todos os leitores deste espaço um ótimo 2011.
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