Canard era um folhetim que circulava pelas ruas imundas de Paris durante o período dos déspotas esclarecidos. As informações eram repassadas pelos empregados do Palácio de Versalhes e os editores ridicularizavam a realeza nas páginas do folhetim.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Sobre a educação
Minha filha relaxou este ano. Os outros anos passou direto. Entendo. 17 anos, quer mesmo é levar a vida na flauta. Aí bateu o desespero. Falei se ela rodasse ficaria me devendo o valor que paguei pela anualidade. Tratou de estudar, ops, decorar. Isso mesmo. A direção da escola incentiva os mais relaxados a decorar as questões. Liberou (pago, é claro) uma apostila com todas as questões, tantas delas cairiam na prova. Minha filha é uma aprendiz de atriz. Decorou tudo e... passou. Este é o modelo de educação contemporâneo. Preparar alunos para prestar vestibular, nada mais do que isso. Um abismo se comparada a educação dos anos 70 quando a carga de informação era repassada através de grossos e caros livros das disciplinas que constavam na grade. Laboratórios, carga horária quase igual aos CIEPs do falecido Brizola, enfim era uma maratona, acompanhada de uma disciplina carregada de valores que hoje não encontramos mais. Havia educação física, pasme! E mais: uma disciplina que chamava-se oratória. Ou seja, você se preparava o ano inteiro para, no final, preparar um texto para ler, em público (atrás de um púlpito) no que chamavam de Academia. Sem querer ser saudosista (afinal não era tão agradável assim. Ralei muito para conseguir passar de ano e passar em dois vestibulares numa época que a educação primeiro preparava o cara para depois pensar em vestibular, era uma coisa natural), mas apenas uma constatação de que nossa educação é rasteira, nivelada por baixo, sem atrativos senão, decorar. Parabéns Beahhh!!
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Um comentário:
Perfeito comentário!
A educação no Brasil, sempre foi aos trancos e barrancos, mas nunca foi tão ruim como agora, vivemos o pior dos momentos!
E só tende a piorar.
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