segunda-feira, 25 de junho de 2012

Mais confirmações do que eu já havia publicado

Ex-secretário de Saúde, José Roberto Spósito:
“Além de ter absolutamente 100% de influência em tudo que aconteceu, de estar ‘casado com Fatuch nas coisas que aconteciam, de estar muito próximo com Marcos Sanches, de fazer almoço, jantar... Além disto, ele tinha todo o serviço de diagnóstico por imagem, que ele colocou um laranja mas quem respondia por toda essa parte era ele. No começo, Fatuch abriu a boca sobre isto, disse que a parte de imagem já estava acertada: era do Spósito. Tudo que era imagem: raio-x, ultrassonografia, tomografia... Ele disse que já era do Spósito. Tanto que o índice de realização de exames de imagem nos pacientes que entravam no pronto-socorro no primeiro mês era coisa de 90% dos que passavam lá tinham que fazer um raio-x. E sem propósito”

• Presidente do Comus, Luiz Fernando Brito:
“É o menino de recados do Spósito. O Brito era o ponto de cruzamento de todas as figuras, era quem chamava para churrascos... Ele não tinha sala dentro do hospital porque ficava o tempo inteiro na dos diretores, que era o que queria, para saber o que estava acontecendo. [Foi Brito quem disse “faz uma nota num valor alto que na comissão eu dou jeito de aprovar a prestação de contas”?] Isso é verdade. Realmente existiu. E foi daí que surgiu esse argumento do empréstimo. Eu não sei dizer se isso foi uma ideia do Brito ou se ele assumiu um discurso do Sanches e do Anderson Marcelo. Eu sei dizer que o beneficiário foi o Anderson Marcelo. [Existia esquema para que empresas que não pagassem propina não recebessem?] Isso é parte desses golpes do Anderson Marcelo, do Sanches e desse pessoal todo: recebe quem entra no esquema”

• Gestor do Fundo e atual secretário de Saúde, Rafael Schroeder:
“Não vejo que ele tenha interesse financeiro nisso. Ele não é da quadrilha de baixo nível de desfalque roubando remédio de doente. Mas existe uma nuvem no comportamento dele por saber que ele tinha conhecimento das ações do Brito, do Spósito, dos esquemas do Marcos Sanches, do Fatuch, e ficou quieto. Ele ficou em silêncio, se beneficiou em ser escolhido o substituto do Spósito. Mas não vejo ele com a mesma ganância que todos os outros tinham. O pecado dele foi o silêncio, foi ser conivente”

• Ex-gerente de Compras do hospital, Carmem Nascimento:
“É uma das coisas que me faz questionar o Rafael, porque era amiga dele, pessoa recomendada e que ele fez pressão para a contratação. E foi justamente a pessoa que engatou com Marcos Sanches e abriu a porta para todos os desvios que aconteceram ali. E tiraram ela de cena quando a coisa degringolou e ela foi de novo pra debaixo da proteção da prefeitura”

• Prefeito Edson Periquito:
Desde o início, sempre cobrou um bom atendimento, que as pessoas fossem bem tratadas. Como Rafael teve o pecado do silêncio, Periquito teve o do interesse político. Ele fez pressão e botou goela abaixo pessoas que eram do interesse dele que estivessem lá. [E estas pessoas interfeririam de alguma forma na questão administrativa dentro do esquema?] Uma ou outra, porque Carmem, por exemplo, foi uma imposição. Mas grande parte das pessoas, apesar da vinculação política, estava lá para trabalhar. A intenção era indicar o pessoal dele. É errado? É. Mas perto de tudo que estava acontecendo, isso era nada. E não foi algo isolado dele. Do mesmo jeito que ele mandou as pessoas que queria, o Spósito fez a mesma coisa, o Rafael também. E existia um racha entre o Periquito e o Spósito. A grande situação envolvendo os dois era o interesse na próxima eleição. O Spósito tinha o sonho de conseguir criar uma situação política tão grave para o Periquito que inviabilizasse a reeleição dele. O sonho do Spósito era ser prefeito!”

Um comentário:

Herival Weise disse...

Da forma como aconteceu esse vergonhoso caso de roubo e desvio de recursos no HRC, não tem como não responsabilizar diretamente, pela responsabilidade do cargo, como culpado maior, outro que não seja o prefeito municipal. Ainda mais quando levado em conta que, até outro dia, vereador de oposição, ou quem se dispusesse a criticar essa concessão, ou falar de suspeitas sobre possíveis desmandos naquele local, era imediatamente ironizado da tribuna do legislativo pelos vereadores de situação, e hostilizado pela mídia cooptada, como sendo alguém pertencente à turma do “quanto pior melhor. Há poucos dias ainda, durante uma reunião da CPI, um desses vereadores, de pendor investigativo, combativo e influente na administração municipal, chamou atenção por querer saber, totalmente fora dos propósitos da CPI, quem aproximou a organização WFO e o município de Balneário Camboriú. Pareceu dessa maneira, e nessas alturas, mais preocupado em desviar o foco das investigações tentando insinuar culpa numa organização que aqui chegou convidada para ajudar e contribuir com a doação de mais oito milhões de reais para a construção do hospital, do que com aqueles que se juntaram na calada da noite, com quem aqui apareceu não se sabe de onde, aproximado por não se sabe quem, para roubar dinheiro que deveria ter sido aplicado em saúde para tentar salvar vidas, e não no bolso de aproveitadores e espertalhões onde foi parar.