Canard era um folhetim que circulava pelas ruas imundas de Paris durante o período dos déspotas esclarecidos. As informações eram repassadas pelos empregados do Palácio de Versalhes e os editores ridicularizavam a realeza nas páginas do folhetim.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Assessor de imprensa é jornalista? Aqui no Brasil, sim
Com o título Papéis Trocados, o jornalista Eugênio Bucci, um dos representantes da alta cúpula do jornalismo brasileiro, aborda a questão da assessoria de imprensa, lembrando que nos EUA, assessor é consideração relações públicas e em Portugal, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Aqui no Brasil está tudo na mesma panela até por questões corporativas. Explico: a FENAJ, entidade que representa a classe por aqui, é um antro de assessores de imprensa. Então, é fácil saber porque não se faz força para mudar. Acho que uma mudança poderia partir das academias, simplesmente retirando dos currículos a assessoria de imprensa como uma especialização, assim como é jornalismo econômico, ambiental, político e por aí vai. Olha só o que preconiza o artigo 7º do Código de Ética: "O jornalista não pode realizar cobertura para o meio de comunicação em que trabalha sobre organizações públicas, privadas ou não-governamentais, da qual (sic) seja assessor, empregados, prestador de serviço ou proprietário, nem utilizar o referido veículo para defender os interesses dessas instituições ou de autoridades a elas relacionadas". O Código "permite" que o jornalista trabalhe para os dois lados, cujos interesses são conflitantes, mas colocam restrições éticas como está relatado no artigo. Então, meus senhores e minhas senhoras, não existe esta ou aquela ética. Há uma só ética. Que sirva de reflexão.
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