segunda-feira, 1 de março de 2010

Sobre Leonel Pavan

Como em cada roda de conversa perguntam minha opinião sobre Leonel Pavan, aí vai: a imagem do vice-governador foi borrada com a operação transparência. Trata-se de uma figura controversa por conta de várias motivações, uma delas, o que chamo de mobilidade social, que a democracia representativa proporciona para aqueles que detém mandato. Há quem interprete essa mobilidade como gatunagem, mas, impressionante que é raro um político ser pego em flagrante. Portanto, seria prematuro chamar qualquer político de ladrão apesar de toda ostentação de riqueza que elas demonstram no cotidiano. E quando são flagrados (tipo cueca, meia, filmagem e todos os outros tipos de evidência) dá razão para que o populacho chamem eles de ladrões, apesar de nada acontecer com eles. No caso de Pavan, apesar de tudo, não há nada que prove que ele tenha metido a mão na bufunfa.
# # #
Isto serve de preâmbulo para a opinião sobre Pavan, politicamente falando. Com a tríplice aliança em frangalhos, entendo eu que Pavan está com a faca e o queijo na mão. Sem o PMDB, assume o governo e manda todos os pemedbistas embora. Resta o DEM, se o DEM ainda estiver disposto a colaborar. Senão manda tudo embora, também. Lançar-se candidato a governador já é outra história. Sem a absolvição será tarefa difícil ficar se explicando numa campanha eleitoral. Não sei ele tem esse discernimento, mas o momento de Pavan é ficar de fora até que o atestado de idoneidade seja "expedido". Sei lá, apoia o Colombo com uma bela barganha para a tucanagem. O importante é estar no poder que é a glória de todo partido político.
# # #
Quanto ao meu relacionamento (me perguntam como se fosse íntimo do cara) com Pavan, digo que há anos não converso com ele. Fui seu colaborador na virada dos anos 80 para 90 e mais um pouco no seu segundo governo em BC. Depois, nunca mais. Nem mesmo fui convidado para o casamento de seus filhos (muita gente que quer ver Pavan pelas costas foi convidado e estava lá babando o ovo). Acho um baita político; na época que me relacionava com ele, um cara muito divertido, mas convenhamos, com todo poder que alcançou andou se achando meio deus. É isso.

Nenhum comentário: