Desde os tempos que estudava na UFSC ouvia falar de um personagem da ilha chamado Rico Lobato. Quando fala-se em festa, Rico Lobato era nome obrigatório. Meus amigos eram amigos dele. Eu nunca vi de perto.
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Passados mais de 25 anos conheci o cara no velório da mãe do Ike. Estávamos eu, Rogerio Heusi e Adriano Rebelo tomando café e comendo cuca quando uma voz rouca,bem manezinha, mais para high do que para low, invadia o recinto. Rogerio anunciou Rico Lobato. Não é mais aquele guri. Corpo avantajado, Rico foi o centro das atenções na rodinha que se formou fora do recinto.
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Aquele jeito bonachão, suas tiradas e frases de efeitos, lembraram Tim Maia, personagem cuja biografia, de Nelson Motta, havia acabado de ler. Seus hábitos, não conheço. Tem fama de beber cuba. Tim Maia só baixava uísque. Demos risadas a cada intervenção sua: como do caso da mãe que gostaria de ser cremada e suas cinzas depositadas num shopping center para que os filhos possam visitá-la pelo menos três vezes por semana. Ou quando o assunto era gaúchos. Segundo ele todos gaúchos que conhece não gostam de gaúchos. E por aí vai. A cada tirada uma gargalhada.
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