quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A garganta e a negligência

Ontem a noite presenciei uma cena dramático-surreal (se é que isso existe). Moradores do Estaleiro apreensivos com a segurança no bairro reunidos com dois delegados e mais dois policiais civis na chamada "base" de segurança, lá no Estaleiro. Assaltos e roubos fazem parte do cotidiano de moradores do Estaleiro. Vamos relembrar: no governo de Rubens Spernau foi construído o prédio. O próprietário doou o terreno, parte da comunidade colaborou e, como agradecimento, colocaram o nome do pai do Spernau (que hoje nem aparece mais). Sem muito barulho foi construído o prédio. E só. Aí veio o novo prefeito. Fez a maior cena indo até o prédio da base acompanhado de policiais militares e civis. Fez disso propaganda política garganteando que abriria a "base". Tirou fotos, produziu release, garganteou, garganteou e alguns longos meses depois promoveu a inauguração naquele estilo tipo a segurança da região está garantida.
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Que nada. Não muito tempo depois, a PM vazou, bonito! Ficaram lá agentes de trânsito (só prá fazer número) e a PC que bancou a responsabilidade assumida. Veio a Festa da Tainha. Todos sabiam que a "base" já estava meia boca e o prefeito com aquele discurso inflado afirmando que a "base" resolveu a situação da segurança da região. Fantasia pura. E teve gente que aplaudiu a garganteada.
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Ontem estavam os delegados Webber e Carlos Dirceu e mais dois PCs. Ninguém da prefeitura (quem diria!!), ninguém da PM (grandes novidades). O delegado Webber comandou a reunião. Demonstrou muito boa vontade, fez algumas sugestões bem interessantes e disse ainda que tentará manter uma equipe de três ou quatro policiais comandados pelo delegado Carlos Dirceu por alguns dias para um trabalho pontual com relação aos roubos. Perguntou ao policial qual o fone da base e como resposta recebeu um não tem. O delegado ficou espantado e sugeriu aos presentes que comprassem um chip para, pelo menos, a comunidade se comunicar com a "base". Hoje, alguns moradores vão ao MP para tentar buscar na justiça a responsabilidade das autoridades (i)responsáveis.
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Pode parecer brincadeira, mas não é. A população é refèm de irresponsabilidade, negligência e demagogia. Não é só a garganta do prefeito é a culpada. O governo do Estado também. Nós, moradores, só temos que agradecer a boa vontade da PC.

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