quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Um editorial para Piriquito clipar

Diarinho de hoje
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Jornalistas são profissionais que perguntam. Perguntam até ter informações suficientes pra voltar à redação e escrever um bom texto, pra cumprir com o dever e com o juramento que fizeram no fim da faculdade: informar aos seus leitores. Uma pessoa desavisada não saber disso, é aceitável. O prefeito de Balneário Camboriú não saber é, no mínimo, ridículo.
A verdade é que Edson Periquito sabe, perfeitamente, que jornalistas perguntam e que isso é absolutamente normal. Muitas vezes, quando era deputado estadual ou candidato a prefeito, era ele mesmo quem perseguia os “perguntadores” pra se manter em evidência. Agora, que está no Executivo, do outro lado do balcão, o prefeito-ave resolveu se encher de razão e se instalar num pedestal acima do bem e do mal, e acima dos questionamentos da imprensa.
Vir à imprensa atacar opositores, denunciar rivais, é fácil. Responder ao povo de onde vieram os 200 mil reais que financiaram a sua campanha eleitoral; definir quando o hospital vai ser inaugurado; por que as aulas ainda não começaram ou por que faltam vagas na rede municipal de ensino é bem mais complicado.
Periquito sabe que jornalistas perguntam. O problema é que, agora, ele precisa dar as respostas e, pelo comportamento que tem adotado, dá a entender que não as têm.
Tentar ridicularizar um repórter na frente de seus colegas de profissão, como o prefeito da Maravilha do Atlântico fez durante a coletiva que promoveu ontem, além de ser uma total falta de respeito e educação, ressalta os contornos de um governo que, até agora, só fez chorar pitangas mas não demonstrou a que veio.
Em vez de reclamar tanto, Periquito podia apresentar ao povo de Balneário quem é Waldemar Correa, doador generoso de sua campanha. Em vez de insinuar que a repórter do DIARINHO é burra ou não sabe pensar por conta própria, o prefeito poderia anunciar que o hospital municipal vai virar realidade, que os atingidos pela enchente podem receber seus dois salários mínimos sem burocraria ou que os pais não precisam se preocupar porque há vagas pra todos nas escolas de Balneário.
A pergunta da repórter do DIARINHO não foi burra, mas oportuna. “Afinal, pra que mudar o nome do hospital municipal, se o governo ainda nem decidiu se vai abri-lo? Pra que enviar um projeto à câmara e perder tempo com isso? Só porque o hospital tinha o nome da víuva de FHC, tradicional liderança do PSDB, partido do ex-prefeito da cidade?”
“Insignificante” é usar o mandato pra alimentar picuinhas entre partidos políticos e deixar em segundo plano o bem estar do povão - que elegeu Periquito porque estava sedendo por mudanças. Subestimar a inteligência do povo e dos jornalistas, isso sim é burrice.

Um comentário:

portes disse...

QUERO PARABELIZA-LOS PELA MATERIA E APROVEITANDO GOSTARIA DE SABER O PORQUE QUE CONTINUAM OS CARROS IMPORTADOS NAS CRECHES, POIS COMO PROMESSA DE CAMPANHA ISSO IA ACABAR, OU ELE ESQUECE DISSO TBM, ALEM DE SER FALTA DE EDUCAÇÃO DE CHAMAR O SEU SEMELHANTE DE BURRO.