quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Para entender a crise mundial

A linguagem é para que todos entendam. Confira.
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O seu Zé tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça 'fiado' aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados. Porque decide vender a crédito (fiado), ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobre preço que os pinguços pagarão pelo crédito). O gerente do banco do seu Zé, um ousado administrador formado em curso de emibiei, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o quê como garantia? Nada mais do que a pindura dos pinguços... Bom não? Uns seis Zécutivos de bancos, em geral um bando de babacas de gravata, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDI, CCD, NOTEPAPERS, OVNI, etc. ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer. Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capitais e conduzem a que se façam operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas de venda fiada do seu Zé). Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, tidos como tendo fortes garantias reais nos mercados de 73 países, mundo afora, fazendo, então, a farra dos INVESTMENTS BANKS. Até que alguém descobre que os bêbuns da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Zé vai à falência. E aí... toda a cadeia sifú. Deu pra entender?
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E um dos bebuns é o Lula que acredita que é Presidente de um país seguro neste balanço da carruagem...

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